Poema engraçado
Olha
que legal
a
roupa dança no varal
Olha
que engraçada
a
peruca da empregada
Vê
que interessante
a
bunda do elefante
Olha
que amor
o
bigode do vovô
Vê
que colorido
o
desenho do amigo
Olha
que primor
o
campo aberto em flor
Úrsula
Avner
Poemas de Vinicíus de Moraes
POEMA "A PORTA"
Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.
Só não abro pra essa gente
Que diz ( a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.
Só não abro pra essa gente
Que diz ( a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!
A Casa
Era
uma casa
Muito
engraçada
Não
tinha teto
Não
tinha nada
Ninguém
podia
Entrar
nela não
Porque
na casa
Não
tinha chão
Ninguém
podia
Dormir
na rede
Porque
na casa
Não
tinha parede
Ninguém
podia
Fazer
pipi
Porque
penico
Não
tinha ali
Mas
era feita
Com
muito esmero
Na Rua
dos Bobos
Número
Zero
Relógio
“Passa
tempo, tic-tac Tic-tac, passa, hora
Chega
logo tic-tac Tic-tac, e vai-te embora
Passa,
tempo
Bem
depressa
Não
atrasa
Não
demora
Que
já estou Muito cansado
Já
perdi
Toda
a alegria
De
fazer
Meu
tic-tac
Dia
e noite
Noite
e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac.”
O Leão
Leão!
Leão! Leão!
Rugindo
como um trovão
Deu um
pulo, e era uma vez
Um
cabritinho montês.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
Tua goela é uma fornalha
Teu
salto, uma labareda
Tua
garra, uma navalha
Cortando
a presa na queda.
Leão longe, leão perto
Nas
areias do deserto.
Leão
alto, sobranceiro
Junto
do despenhadeiro.
Leão
na caça diurna
Saindo
a correr da furna.
Leão!
Leão! Leão!
Foi
Deus que te fez ou não?
O salto do tigre é rápido
Como o
raio; mas não há
Tigre
no mundo que escape
Do
salto que o Leão dá.
Não
conheço quem defronte
O
feroz rinoceronte.
Pois
bem, se ele vê o Leão
Foge
como um furacão.
Leão se esgueirando, à espera
Da
passagem de outra fera . . .
Vem o
tigre; como um dardo
Cai-lhe
em cima o leopardo
E
enquanto brigam, tranqüilo
O leão
fica olhando aquilo.
Quando
se cansam, o Leão
Mata
um com cada mão.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
O Peru
Glu!
Glu! Glu!
Abram
alas pro Peru!
O Peru foi a passeio
Pensando
que era pavão
Tico-tico
riu-se tanto
Que
morreu de congestão.
O Peru dança de roda
Numa
roda de carvão
Quando
acaba fica tonto
De
quase cair no chão.
O Peru se viu um dia
Nas
águas do ribeirão
Foi-se
olhando foi dizendo
Que
beleza de pavão!
Glu! Glu! Glu!
Abram
alas pro Peru!